No decorrer desta semana o “amor” foi o mais comemorado. O dia de S. Valentim ou dos Namorados é pois, para muitos um momento de celebração e para outros de recordação.
Os ditados populares e expressões comezinhas sobre este tema são bastante enganadores, como por exemplo: “Cada panela tem o seu testo”; há que encontrar a “nossa alma gémea”, ou a “nossa metade da laranja”. Enganadores porque nos incutem a ideia de que para nos sentirmos completos necessitamos de um companheiro ou companheira! Enganadores porque utilizam termos como “necessita-se” ou “precisa-se” ! Namorar não deveria ocorrer por necessidade ou para sermos ou não mais felizes! Cada ser humano nasce completo, com tudo para viver uma vida plena, com sentido e propósito! Não há testo para panelas, nem meias laranjas! Como diz um amigo meu, alguns são mesmo só “frigideiras”! Todos somos laranjas completas! E nesse sentido, devemos potenciar e utilizar os nossos talentos e saber viver com a melhor perceção de felicidade possível. Que ninguém se sinta obrigado por pressão pessoal, familiar ou social a namorar, casar e muito menos ter filhos! E o inverso também é verdadeiro. Isto significa que namorar deve ocorrer como processo natural, não como necessidade para ser feliz ou desesperadamente “desencalhar.” Quando decidimos que é o outro que nos faz feliz, estamos a desprezar tudo o que somos e obviamente a não desenvolver a capacidade de nos amarmos. Que A não procure a felicidade em B, nem B em A. Essa é uma relação de conveniência, interesse e incapacidade pessoal em ser feliz! Uma relação de dependência, quantas vezes de domínio de um sobre o outro, onde a violência aparece frequentemente mascarada de “amor” que o outro aceita…por amor!
Assim, numa relação amorosa não se deveria ir à procura da felicidade, mas sim da possibilidade de partilha da felicidade que cada um já sente (enquanto laranjas completas).
Não se vai à procura do “ser perfeito” ou da “alma gémea,” mas de alguém com quem possamos confiar, partilhar o que sentimos (pontos altos e baixos) para em conjunto aprender, crescer e evoluir. Namorar não implica deixar os Sonhos pessoais, mas antes incentivar e ajudar o outro na concretização dos seus Sonhos, sem esquecer os Sonhos coletivos desta relação. Namorar vai para além do desequilíbrio da paixão e da mera compatibilidade física. Busca a plenitude no amor e na compatibilidade emocional e espiritual. Namorar não anula ninguém por ninguém, mas converte cada um, no agente de evolução do outro, gerindo pacificamente as incompatibilidades (ainda existentes). Desta forma, a evolução de uma relação amorosa será tanto mais eficiente quanto mais trabalharmos o nosso desenvolvimento pessoal. A tentação de querer mudar o outro para que a relação melhor (e isso não acontece), tem de se converter na autoconsciência de cada um em evoluir, pela sua felicidade (e não pela do outro), pela sua paz interna…e como “dano colateral” permitir espalhar a sua “paz interna” na sua relação amorosa.
Mas e se um dia forem incapazes de gerir as incompatibilidades? E se um dia a relação estiver a comprometer a felicidade individual? Obviamente que é nas situações complexas que se vê a maturidade atingida numa relação. Então, que decidam tranquilamente e sem ódios nem raivas terminar essa relação. Que estejam gratos por tudo o que evoluíram e aprenderam conjuntamente. Assim, cada um, como laranja completa que é, continuará feliz e a um nível evolutivo superior.
Através da Prática do Coaching, trabalhe o seu relacionamento amoroso, identificando quais os pontos a evoluir em termos individuais, potenciando a sua inteligência emocional e espiritual e, dessa forma tomar, as decisões que efetivamente precisa de tomar.
Não perca o próximo artigo de “Coaching…para quê?” Leia mais artigos na página de opinião do IMEDIATO.