Está patente até 20 de maio, no Museu Municipal de Paços de Ferreira, a exposição «Clérigos Fora de portas», que junta desenhos, fotografias e peças de arte da Irmandade dos Clérigos. Esta é a primeira vez que o espólio da entidade pode ser admirado fora do monumento portuense.
“Este momento engrandece o nosso concelho, trata-se da primeira exposição que a Irmandade faz fora de portas e isso dexia-nos particularmente orgulhosos. (…) Sabemos da importância da cultura nas populações, é um traço identitário dos nossos territórios e acolher uma exposição desta dimensão também reforça essa mesma identidade”, considerou o presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, Humberto Brito, na cerimónia de inauguração da exposição.
O autarca realçou que a ligação entre Paços de Ferreira e a Irmandade dos Clérigos não é algo recente, recordando a exposição de mobiliário dinamizada no Museu dos Clérigos, que deu a conhecer aos visitantes do monumento o trabalho desenvolvido na ‘Capital do Móvel’.
Também o padre Manuel Fernando, presidente da Irmandade, sublinhou a conexão entre as duas partes, afirmando que ainda hoje está exposta nos Clérigos uma cadeira oferecida em 2019 pelo município. Trata-se da «Gravity Chair», uma peça de autor única concebida por um conjunto de empresas pacenses.
“Hoje é um dia particularmente feliz, porque conseguimos dar um passo diferente daquilo a que estamos habituados. Estamos acustomados a receber de portas abertas os nossos convidados, turistas e conhecidos, mas hoje somos nós que entramos num espaço onde nos franqueiam as portas, alimentando esta relação de proximidade”, indica.
A vontade de difundir o património da Irmandade foi especialmente impulsionada pela pandemia. Com a grande redução de turistas estrangeiros, foram os visitantes portugueses que “salvaram e deram dinâmica” aos Clérigos, afirma Manuel Fernando. ” Mas não podemos simplesmente estar à espera que as pessoas venham, é preciso criar laços de proximidade”, argumenta.
Assim surgiu o «Clérigos fora de portas», a exposição que pretende percorrer o país e “aguçar o apetite” das populações de forma a aliciar mais visitantes ao monumento portuense.
