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CIM espera que Governo ouça autarcas do Norte e inclua ferrovia no Plano Ferroviário Nacional

Paços de Ferreira

Fotografia: Associação Vale d’Ouro

Oito Comunidades Intermunicipais do norte do país uniram para defender, junto do Governo, uma nova linha ferroviária com o traçado Porto-Vila Real-Bragança e Zamora, com conexão à alta velocidade rumo a Madrid. O anterior Governo, liderado pelo Partido Socialista, não incluiu a obra no Plano Ferroviário Nacional e na Rede Transeuropeia, mas a expetativa dos autarcas e das Comunidades Intermunicipais da região Norte, é que esta seja incluída pelo novo Governo na próxima revisão do Plano.

“Esta é uma obra que terá um forte impacto no nosso território, uma obra fundamental e estruturante para a região”, referiu ao Jornal IMEDIATO Telmo Pinto, secretário executivo da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa.

A nova linha ferroviária, como está pensada, contempla uma estação no concelho de Paços de Ferreira e Telmo Pinto defende união na concretização deste projeto, esperando que o Governo tenha em conta a importância da mesma e possa corresponder às expetativas dos autarcas do Norte do país.

Segundo noticiado pelo Jornal de Notícias (JN) na edição desta quinta-feira, as comunidades intermunicipais (CIM) do Norte defendem esta ligação ferroviária à rede europeia de alta velocidade em Madrid, com o traçado Porto-Vila Real- -Bragança-Zamora, “por ser a mais vantajosa para o país”, entende Pedro Lima, presidente da CIM de Terras de Trás-os-Montes e autarca de Vila Flor.

Contudo, esta ficou de fora do Plano Ferroviário Nacional e da Rede Transeuropeia de Transportes, apesar de ter sido considerada pela União Europeia de “interesse comum” para Portugal e Espanha.

A expetativa é que agora, o Governo liderado pelo social-democrata Luís Montenegro faça o que o anterior Governo socialista não fez e possa incluir o projeto, fulcral para a coesão territorial” e incluam a ligação ferroviária por Trás-os-Montes na próxima revisão do Plano Ferroviário Nacional e na Rede Transeuropeia.

Segundo noticiado pelo JN, a Associação pediu um estudo de viabilidade, que apontam vantagens à linha, nomeadamente a “redução dos tempos de viagem em 15 minutos, estabelecendo a viagem entre as duas cidades ibéricas (Porto-Madrid) em 2.45 horas” e permitindo “interface com a Linha do Douro”, afirmou Luís Almeida.

A CIM transmontana já conseguiu que, nos Investimentos Territoriais Integrados – Redes Urbanas do Norte 2030, seja incluído o estudo prévio para esta linha. “As oito comunidades intermunicipais juntaram-se na vontade de elaboração de um estudo que sirva para a aprovação do projeto. O consórcio será liderado pelo Município de Bragança”, explicou Pedro Lima, ao jornal diário, destacando a atuação em duas áreas. “A da elaboração do estudo que conduzirá ao projeto e, na área política, de inclusão desta solução como sendo mais rápida do que a linha de TGV pelo centro do país”.
Ao JN, o Ministério das Infraestruturas explicou que “o Plano Ferroviário Nacional tem prevista uma nova linha para ligar o Porto a Trás-os-Montes e à fronteira, dotando Vila Real e Bragança de serviço ferroviário”. No entanto, o documento, “sendo um instrumento que define a rede nacional, não constitui um plano de investimento”. Ressalva ainda quem “como qualquer outra ligação transfronteiriça, a revisão da Rede Transeuropeia de Transportes carece de acordo entre os países e a Comissão Europeia”.

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