A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários (AHBV) de Paços de Ferreira reagiu publicamente esta quarta-feira à questão da denúncia efetuada à GNR sobre a violação do confinamento do presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, Humberto Brito
Em comunicado, o presidente da associação humanitária, Zeferino Barbosa, sublinhou que os bombeiros estão “obrigados” a cumprir ordens, uma delas “a comunicação de todas as situações de violação do dever de confinamento profilático”.
“Os bombeiros de serviço no passado domingo, que responderam ao pedido de socorro de familiar do pai do Exmo. Sr. Presidente da Câmara, verificaram que este se encontrava a violar o dever de confinamento a que se encontrava obrigado” segundo as normas da DGS, lê-se na nota enviada às redações.
No mesmo dia, segundo o comunicado, os bombeiros pacenses voltaram a deparar-se com o autarca pacense junto ao Hospital de Penafiel e, “em face destes comportamentos, foi efetuada uma comunicação à Guarda Nacional Republicana”.
Assim, a AHBV de Paços de Ferreira “lamenta que esteja a ser ‘julgada’ por cumprir ordens e procedimentos, só porque a pessoa visada no cumprimento das ordens e procedimentos é o presidente da Câmara”.
“É lamentável e de uma baixeza inaceitável que a honorabilidade de uma instituição com 89 anos de serviço ao próximo seja posta em causa pelo Senhor Presidente da Câmara, só porque foi alvo de uma comunicação as Autoridades por ter ignorado as suas obrigações de confinamento obrigatório.
A AHBV de Paços de Ferreira manifestou ainda “o seu mais veemente repúdio pelas declarações da GNR prestadas ao Jornal IMEDIATO (…) que não conformes com a norma da DGS, têm apenas o mérito de adensar a confusão instalada”.
Contudo, assegurou que “ainda que tenha sido ferida na sua dignidade e na dignidade de cada um dos seus homens e mulheres, está disponível para dar a sua vida pelo próximo.