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Mário Magalhães tem 52 anos de idade e é gestor de profissão. Foi, durante oito anos, membro da Assembleia Municipal de Penafiel, eleito pelo Partido Social-Democrata e em 2001 foi nomeado adjunto do então presidente Alberto Santos. Quatro anos mais tarde integrou a equipa de vereação da Coligação “Penafiel Quer, função que desempenhou até 2011, altura em que integrou as listas do PSD à Assembleia da República. Foi eleito deputado e esteve e Lisboa durante quatro anos e meio. Militante do Partido Social-Democrata, concorre agora às eleições autárquicas para o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Penafiel como independente, sem o apoio de nenhum partido. Nos tempos livres gosta de ler, ouvir musica, viajar, estar com a família e com os amigos.

O que o levou a assumir esta candidatura?
Dediquei grande parte da minha vida a lutar pelo desenvolvimento da minha terra Penafiel. Na conquista da Autarquia, enquanto Vereador e como Deputado, representando Penafiel, em Lisboa, durante mais de 4 anos. Conheço como poucos o nosso concelho, as suas potencialidades, os seus problemas mas também as suas potencialidades. Decidi conscientemente. Vou candidatar-me pela minha terra, Penafiel, que eu amo. Vou liderar um movimento de pessoas livres, disponíveis e convictas do quanto podemos fazer pelo nosso concelho. Desejo repor em Penafiel a dinâmica, a proximidade e a estratégia como a que “Sentimos em Penafiel” durante tanto tempo. Candidatei-me porque quero colocar toda a minha experiência, os meus conhecimentos, com a força e determinação de sempre, ao serviço de Penafiel.

O que a distingue das restantes?
O nosso projeto político chama-se Penafiel. Não estou ao serviço de joguinhos partidários, no que os partidos hoje se transformaram, nem somos um conjunto de elementos que defendemos uma bandeira para cumprir objetivos de ser mais uma lista, nem entrámos em intrigas palacianas, às quais assistimos com “distância higiénica”. O nosso projeto aposta numa grande dinâmica do concelho e contamos para tal com a participação de todos, das pessoas, dos autarcas eleitos, do movimento associativo e das instituições. Reunimos uma equipa recheada de experiência e de pessoas com valor reconhecidas pela sociedade. O nosso projeto político está centrado nas pessoas.

Quais são as prioridades da candidatura que lidera?
As minhas prioridades são:
1ª – Juventude. Fazer de Penafiel a terra das oportunidades, onde os nossos Jovens possam fixar-se e as pessoas tão qualificadas, em diversas áreas técnicas, não tenham de imigrar. Infelizmente Penafiel é um dos concelhos que mais imigração teve nos últimos 5 anos, segundo o Pordata foram 1894 pessoas, uma freguesia do tamanho de Rans que desaparece em 5 anos. Não pode continuar a acontecer. Temos de conseguir fixar cá as pessoas ou entrámos numa espiral que terá impacto económico negativo.
2ª – Apoio ao Investimento. Criar políticas e incentivos para que os nossos empresários apostem mais no investimento. Criação de uma equipa que se dedique a tempo inteiro a esta área. Queremos mais investimento para reforçar a competitividade e as exportações, criando emprego. Por exemplo na hotelaria, Penafiel deve aproveitar o aumento de turistas para crescer no turismo. Mais celeridade na conceção de licenças, criação de mais zonas empresariais e o reforço ao Empreendedorismo e Inovação. Criar a marca “ Made In Penafiel”.
3ª – Coesão Social. A aposta na Coesão Social é fundamental. Os nossos seniores e os mais desfavorecidos têm de ser ainda mais apoiados, não falo apenas de mais afetos, da nossa solidariedade. Temos de preparar-nos para a realidade do futuro, e essa realidade é a alteração da pirâmide etária do concelho. Penafiel foi até há pouco um dos concelhos mais jovens do país e até da Europa Ocidental; hoje as nossas crianças são cada vez menos e dentro de poucos anos teremos mais Penafidelenses com mais de 80 anos que jovens com menos de 10. Essa será a realidade. Temos, desde logo, de criar uma rede de apoio aos idosos, no terreno, aumentar os centros de dia, um em cada freguesia, e reforçar o investimento em mais infraestruturas. Criar um Fundo Social com uma dotação de 1 Milhão de euros ano, que em articulação com as IPSS’s possamos prestar auxílio em tempo real aos mais vulneráveis. Na verdade existe no terreno mais famílias e pessoas com dificuldades e risco de pobreza que aquelas que imaginamos. Por outro lado Penafiel dispõe de uma rede de instituições que no terreno conhecem essa realidade, com grande conhecimento do território com trabalho realizado. Importa reforçar os laços e apoios às associações para vencer este desafio. Vamos reforçar as medidas lançadas no mandato anterior do plano municipal solidário, amplificando algumas e reativar aquelas que não tem funcionado.
4ª – Desporto. Reforço dos apoios concedidos às nossas associações desportivas e outras, sempre com equidade e em função da sua capacidade de realização. Aposta em 6 novos campos sintéticos distribuídos geograficamente pelo concelho, em função das instalações existentes e dos planos de dinamização e de formação apresentados.
5ª – Ambiente Descer a Tarifa do Saneamento, que aumentou 100 % este mandato. Retomar o plano de Investimentos na Rede de Saneamento existente até que esteja completamente concluído. (4 Anos) Limpeza de todos os Rios e Ribeiras do Município, preservando áreas de lazer e circuitos pedonais e passadiços em algumas zonas. Para terminar será uma prioridade reforçar a imagem externa de Penafiel, uma câmara mais cumpridora, para isso importa pagar a todos os fornecedores a tempo e horas, deixando Penafiel de ser um dos piores concelhos do País.

Em que áreas defende que tem que haver uma maior intervenção política?
Sem dúvida o investimento, a criação de postos de trabalho e a coesão social será onde haverá um grande reforço de intervenção política, logo serão os Pelouros mais reforçados. Por outro lado o aumento da proximidade. Todos os vereadores têm de atender os munícipes na própria semana, acabar com a longa lista de espera para um Penafidelense falar com os autarcas, isso sim será uma grande mudança! Por outro lado, o reforço da relação com os organismos do Estado. Um Presidente de Câmara que não acompanhe com grande regularidade as matérias, junto do Estado Central, normalmente é preterido na resolução dos problemas do seu concelho. Cito o caso do IC 35, da Reabilitação da Escola D. António Ferreira Gomes, a ausência de Governantes na Agrival, assim como no 3 de Março.

Como analisa e avalia o último mandato autárquico?
Negativo. O menos conseguido deste século. Aliás, de longe, o que Penafiel viu menos investimento Municipal. No último mandato foi notório que o projeto da coligação perdeu gás. Foram apenas concluí- dos alguns projetos do passado e mesmo assim adiados esses investimentos até aos últimos meses do mandato. Sente-se o desnorte na equipa da maioria, um Presidente que teve dificuldade em se afirmar, vereadores sem chama e com um desgaste tremendo, e os colaboradores, uma excelente equipa, desmotivados. Foi um mandato com uma grande aposta na propaganda e no show off, e bem menos na programação, na estratégia, e na relação com os munícipes. Um mandato que viu dobrar a tarifa do saneamento. Vimos o maior êxodo de sempre de penafidelenses para o estrangeiro, uma calamidade sem precedentes. Um mandato que não deixará saudades. Naturalmente que por justiça também merecem o nosso aplauso algumas áreas. Destaco a capacidade dos Penafidelenses em eventos de sucesso, a continuidade na programação cultural, ambos estimularam a autoestima dos Penafidelenses e o reforço da imagem externa. Destaco ainda algumas obras que se arrastavam há 5 anos, que tive o grato prazer de deixar em concurso ou encaminhadas, como foram a rede de Saneamento, o parque da cidade e a Zona Industrial de Recezinhos que finalmente são uma realidade. Não escondo a minha satisfação por isso.

Quais são as suas expetativas para o dia 1 de outubro?
São de um grande apoio neste projeto, que nos leve a uma vitória. Depois, vou convidar todos os Vereadores eleitos a participar num executivo com pelouros. Sei bem que aos olhos de alguns parece tarefa impossível, mas recordo que o independente Rui Moreira, nas sondagens, tinha 14 % e ganhou as eleições, tendo na sua maior ação de campanha 300 pessoas. Hoje parece absurdo mas foi mesmo assim em 2013. Muitos durante estes últimos meses inventaram todo o tipo de boato para fragilizar a minha candidatura. Daqui até dia 1 de outubro acredito que continuem, será sinal que o nosso valor é temido. Vencemos todos os obstáculos até hoje e estamos motivados a Vencer por Penafiel, porque Somos Penafiel. Essa vitória será conseguida, mas aceito o veredito dos Penafidelenses com toda a humildade democrática e serei depois desse dia o amigo de sempre.

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