A Câmara Municipal de Paços de Ferreira pediu esta terça-feira ao Governo e à Direção Geral da Saúde “medidas urgentes e excecionais para conter a propagação do vírus” no país e, consequentemente, no concelho.
Em comunicado, a autarquia referiu que este pedido vem na sequência “dos vários apelos efetuados, ao longo dos últimos dias, pelo presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, Humberto Brito, tendo em conta o crescimento galopante do número de infetados com o novo coronavírus no concelho”.
Registando 49 casos positivos e três óbitos devido à Covid-19, o concelho é, para a autarquia, “um barril de pólvora no que à propagação deste vírus diz respeito”, porque junta perto de 60 mil cidadãos numa área pequena, que tem uma grande presença industrial, comercial e de serviços.
Assim, na missiva enviada ao primeiro ministro, aos ministros da Economia, Saúde, Segurança Social e à Diretora Geral da Saúde, a Câmara Municipal defendeu que as medidas anunciadas até ao momento no país “não permitem, por si só, estancar o crescimento exponencial do número de infetados”.
Para a autarquia pacense, as características de Paços de Ferreira exigem a adoção de medidas “extremas” a nível nacional “o mais rapidamente possível”.
“A Câmara Municipal de Paços de Ferreira, através do seu presidente, requer por isso que, de imediato, governo e autoridades de saúde pública nacionais, possam alargar e intensificar as medidas de contingência no nosso concelho, definindo como prioridade das prioridades, a defesa da saúde e da vida de dezenas de milhares de cidadãos”, lê-se no comunicado.
Aos olhos da autarquia, é imperativo reduzir ao máximo as fontes de propagação do vírus, de forma a impedir “uma tragédia, sem precedentes, no concelho de Paços de Ferreira” e tal deve ser feito com urgência.