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Associação Empresarial de Penafiel pede ao Governo para “travar a escalada de preços” nos combustíveis

carta / Um ano pandémico com um futuro promissor!

Direção da Associação Empresarial de Penafiel. Fotografia: AEP

A Associação Empresarial de Penafiel (AEP) enviou uma carta aberta ao primeiro-ministro, António Costa, a reclamar uma intervenção urgente do Governo para travar a escalada de preços e aumento de custo de vida de empresas e famílias. Afirma que muitas empresas “não vão aguentar esta pressão”, e serão obrigadas a fechar portas, deixando milhares de pessoas no desemprego.

Na missiva enviada a António Costa, a AEP dá conta de quem em Penafiel 98% das empresas são micro e pequenas empresas, que “não conseguem fazer repercutir os sucessivos aumentos deste importante custo nos preços finais dos seus produtos e serviços, uma vez que os consumidores já não aguentam mais essa expansão de preços”. Assim, estão já a “absorver” muitos destes aumentos sucessivos de custos e muitas já ultrapassaram o limite de capacidade de absorção”, o que vai levar a que muitas delas não aguentem a pressão e se vejam obrigadas a fechar portas e a mandar os seus funcionários para o desemprego.

“Pela manutenção do atual tecido empresarial do concelho de Penafiel, constituído por 6361 micro, pequenas e médias empresas, exigem-se medidas urgentes de apoio à economia empresarial. Para além das empresas, é importante referir que nelas trabalham 23.993 colaboradores, que naturalmente também sentem na sua carteira o impacto terrível desta subida de preços dos combustíveis”, escreve a AEP na missiva.

Para estas dificuldades contribuiu o facto de Penafiel ser “um território deficitário em redes de transportes e onde a falta de plataformas logísticas é uma realidade”, o que obriga a que as empresas se vejam obrigadas a ter a sua frota de viaturas próprias para garantirem as suas transações comerciais.

Assim, “a AEP vem exigir que os nossos governantes não se esqueçam de quem paga mais impostos neste país e considera que devem ser criados mecanismos que, de alguma forma, possam atenuar este “abismal” aumento dos preços dos combustíveis” e que “seja pela via fiscal, seja por apoios diretos às empresas, seja por mecanismos de supervisão mais eficazes” o Governo alivie este fardo “constante e cada vez maior, sobre as empresas e famílias”.

 

Leia na íntegra a carta enviada pela Associação Empresarial de Penafiel ao primeiro-ministro

Penafiel, 15 de junho de 2022

Excelentíssimo Senhor Primeiro-Ministro,
Dr. António Costa,

A Associação Empresarial de Penafiel (AEP) vem reclamar uma intervenção urgente do Governo, pois face aos constantes aumentos dos preços dos combustíveis, cerca de 98% das empresas do concelho de Penafiel, constituídas por micro e pequenas empresas não conseguem fazer repercutir os sucessivos aumentos deste importante custo nos preços finais dos seus produtos e serviços, uma vez que os consumidores já não aguentam mais essa expansão de preços. Assim, as micro e pequenas empresas estão já a “absorver” muitos destes aumentos sucessivos de custos e muitas já ultrapassaram o limite de capacidade de absorção. Daqui em diante, Senhor Primeiro-Ministro, verá que muitas empresas não vão aguentar esta pressão, fechando portas e deixando milhares de pessoas no desemprego.

Pela manutenção do atual tecido empresarial do concelho de Penafiel, constituído por 6361 micro, pequenas e médias empresas, exigem-se medidas urgentes de apoio à economia empresarial. Para além das empresas, é importante referir que nelas trabalham 23.993 colaboradores, que naturalmente também sentem na sua carteira o impacto terrível desta subida de preços dos combustíveis.

Sendo o concelho de Penafiel um território deficitário em redes de transportes e onde a falta de plataformas logísticas é uma realidade, grande parte das micro e pequenas empresas são obrigadas a possuírem uma frota de viaturas própria para garantirem as suas transações comerciais, logo são todas estas empresas muito “sensíveis” às oscilações dos preços de combustíveis. Mais uma vez, a interioridade e as desigualdades conjunturais que esta acarreta para territórios como os de Penafiel, potencia as dificuldades dos nossos empresários.

Assim, a AEP vem exigir que os nossos governantes não se esqueçam de quem paga mais impostos neste país e considera que devem ser criados mecanismos que, de alguma forma, possam atenuar este “abismal” aumento dos preços dos combustíveis. Não é compreensível para o empresário comum que, mesmo após uma descida substancial do imposto sobre produtos petrolíferos, andemos com preços médios ainda bem acima dos de Espanha.

Sem apoios, e como acima já referido, as empresas têm de fazer repercutir estes aumentos nos preços dos seus produtos e serviços sendo que, de facto, quer os empresários quer os consumidores (a economia no seu todo!) já não conseguem aguentar mais aumentos de preços.

Seja pela via fiscal, seja por apoios diretos às empresas, seja por mecanismos de supervisão mais eficazes, seja pelo que for, é obrigação do Governo que V. Exa. preside aliviar este fardo constante (e cada vez maior!) sobre as empresas e famílias.

A Direção da Associação Empresarial de Penafiel.

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