A Câmara Municipal de Paços de Ferreira aprovou, esta terça-feira, em reunião de executivo “a assinatura do protocolo de colaboração para a celebração do contrato de cooperação interadministrativo para avançar com as obras de construção das novas instalações do posto territorial da Guarda Nacional Republicana de Freamunde”.
Segundo a autarquia, foram desenvolvidas “várias diligências pelo município”, “com visitas a diversos locais da cidade de Freamunde, e colocadas diferentes soluções para esse efeito”, findas as quais, o Ministério da Administração Interna (MAI) “optou pela parcela de terreno junto às piscinas municipais de Freamunde, solução que considerou a mais adequada para a instalação do quartel da GNR e que mereceu a anuência da Junta de Freguesia”.
Segundo Humberto Brito, presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, citado em nota de imprensa, “se a Câmara Municipal rejeitasse hoje este protocolo e o respetivo contrato de cooperação interadministrativo com o MAI, a Cidade de Freamunde e o concelho corriam o risco de não ver realizada tão cedo uma obra de vital importância para Freamunde, uma vez que não há nenhuma alternativa validada pelo MAI ou pela própria GNR”.
Contudo, a solução mereceu os votos contra do PSD. “Votar hoje contra a celebração do protocolo para avançar com as obras, depois deste assunto da localização já ter sido discutido e votado em 2022, significa tão somente que o PSD não quer que se faça este investimento na cidade de Freamunde. Não estava hoje à votação a localização, mas sim o protocolo que dá o pontapé de saída para o início do processo de construção do novo posto da GNR”, conclui o Presidente de Câmara.
PSD entende que construção do equipamento “irá prejudicar Freamunde e os freamundenses”
Alexandre Costa, presidente do PSD disse ao Jornal IMEDIATO que o partido não está contra a construção do equipamento, que está apenas contra a sua localização, junto às Piscinas de Freamunde. “Estamos a falar de um sítio que foi criado e destinado a uma zona de lazer e desportiva e agora terá que ser alterado. Não se pode definir as coisas e depois andar a destruir o que foi conquistado”, referiu.
Segundo o também vereador no executivo municipal, o partido tem sido coerente na sua posição, tendo já votado contra, o ano passado, a aquisição do terreno. “Não é a solução adequada. E achamos que não houve esforço, por parte da autarquia, para encontrar outra solução. E dá a impressão de que, também eles, estão inseguros quanto à solução encontrada e que apenas decidiram avançar porque estão a ser pressionado pelo MAI”, referiu.
“Sempre defendemos que aquela não deveria ser a localização e que existem outras opções mais válidas para a sua instalação”, concluiu, reiterando a disponibilidade do partido para, juntamente com a autarquia, procurar outra solução.