Na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 realizada em Glasgow no mês de novembro foi assinado um compromisso internacional que visa a necessidade de uma rápida redução nas emissões de carbono em 45% até 2030. Em 2050 estas emissões deverão estar neutralizadas globalmente e deverão ser compensadas por reflorestamento ou mecanismos de captura de carbono. Foi solicitado aos países que até o fim de 2022 sejam apresentadas as novas metas oficiais dos governos, pois até agora as metas em vigor não foram capazes de conter o aquecimento global no nível de 1,5º C, conforme o estabelecido no Acordo de Paris de 2015.
É continuamente retirado da natureza capital natural de alta qualidade sob a forma de petróleo, madeira, minerais, gás natural e é devolvido sob a forma de emissões de CO2 e resíduos, que não se reciclam de maneira natural e, noutros casos, que se disseminam, tornando-se desnecessárias quer para os sistemas naturais quer para os sistemas artificializados.
Atualmente, a economia global consome por ano 100 mil milhões de toneladas de materiais para nutrir o nosso estilo de vida. No entanto, desta quantidade massiva de materiais, apenas 8,6% é reciclada e volta à economia. Tudo o resto é amontoado e torna-se mais cedo ou mais tarde um resíduo, normalmente complexo para ser revivificado em nutrientes para o sistema natural.
Exigem-se respostas iminentes o desenvolvimento numa lógica de sustentabilidade ser orientado. Para as empresas, a resposta a este desafio é a economia circular, cujo objetivo é maximizar a duração a que os produtos, componentes e materiais são mantidos em utilização, é tornar o fim num recomeço.
As estratégias para colocar em prática nas empresas este novo modelo de economia são variadas e complementares e envolvem ter um bom conhecimento do ciclo de vida dos produtos e respetivos impactos ambientais e, com efeito, gerar os métodos de fabrico e os produtos segundo normas ambientais, sem comprometer a criação de valor. Existem inúmeros exemplos de boas práticas nesta matéria, em Paços de Ferreira. A 100 metros – soluções de embalagem, por exemplo, reciclou no ano de 2020 12.250 kg de Cartão e 26.717 kg de Plástico. A empresa de embalagens prevê que em 2022 os seus produtos tenham uma incorporação de 60% em material reciclado.
Esta via é indeclinável – para responder à escassez de recursos e garantir a sustentabilidade do planeta – e muitas empresas já mostraram que as práticas sustentáveis são possíveis. As que reagirem contra a mudança, perderão benefícios competitivos e verão fortemente ampliados os seus custos em matérias-primas e o uso insustentável dos recursos.