Há dias tomei uma decisão que não estava nas minhas cogitações, até há algum tempo: candidatar-me de novo a um cargo político, no meu partido, na minha terra, Penafiel.
Na verdade, mesmo que a alguns pareça estranho, a maior parte da minha vida foi feita na vida privada, e assim segue, como advogado. Sem depender da política, dos cargos ou de clientes públicos.
Só somos livres quando podemos fazer as nossas escolhas de modo descomprometido, independente, sem nos submetermos a nada nem a ninguém. Apenas à nossa consciência.
Por isso, aceitei este novo desafio, com essa plena consciência. A de ser livre para escolher estar ou não estar. E decidi estar. Porque como um dia escreveu William James, Quando alguém precisa de tomar uma decisão e não a toma, está a tomar a decisão de não fazer nada.
E eu não quis optar por não fazer nada face à encruzilhada em que vive o PSD e a Coligação Penafiel Quer, com o fecho do ciclo autárquico em 2025, quando o atual Presidente da Câmara já não poderá recandidatar-se.
A minha decisão foi assim tomada em consciência, depois de analisar a situação política e de ouvir muitos militantes, os responsáveis políticos locais, distritais e naturalmente os nacionais. E de gravar no espírito aquilo que me transmitiram de viva voz.
Mas sobretudo, depois de ter ouvido os penafidelenses no dia-a-dia, em tantas circunstâncias em que nos encontramos. Também mantenho gravado no espírito aquilo que eles me transmitiram de olhos nos olhos, quer quanto ao partido, quer quanto ao que esperam para protagonizar o novo ciclo autárquico.
Cabe agora aos militantes do PSD escolherem, no reduto da sua consciência, livremente e sem pressões, o caminho que querem seguir para o futuro.
Da minha parte, serei sempre o mesmo, independentemente de resultados conjunturais. Sempre livre, mas focado determinado nos projetos que assumo, sobretudo quando acredito plenamente na sua capacidade transformadora para a sociedade. E quando vejo ao meu lado gente anónima e conhecida de qualidade inigualável.
Porque sozinhos não somos nada. E porque sei que, no fim de contas, quem decide o que quer para a comunidade, como já escrevi, é inexoravelmente o povo. Sempre o povo!