As associações empresariais do Tâmega e Sousa reuniram-se em Castelo de Paiva para debater o futuro. Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal, vê potencial na região, mas aponta que é uma das zonas mais pobres do país e que o calçado e têxtil começam a mostrar “sinais preocupantes”.
Em comunicado, o Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa (CETS), que organizou a reunião, afirmou que o objetivo do evento foi reunir os representantes das associações, para abrir debate e diálogo sobre o futuro da região.
“Temos de conseguir estratégias conjuntas para sermos mais fortes. Quer seja do setor da pedra, do mobiliário, do calçado ou outros setores, temos todos pontos em comum e devemos trabalhar para sermos mais fortes lá fora”, afirmou o presidente da Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF), Rui Carneiro, citado no comunicado.
Na sessão, também esteve presente o antigo presidente da CETS e atual dirigente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), Luís Miguel Ribeiro, que considera que o Tâmega e Sousa é uma das regiões com “maior potencialidade em Portugal”.
Para o ex-presidente da CETS, esse potencial deriva “não só da dimensão em termos populacionais, número significativo de jovens e pela área geográfica em que está inserido, mas também pela existência de setores altamente exportadores”.
Contudo, Luís Miguel Ribeiro também sublinhou que o Tâmega e Sousa continua a ser uma das regiões mais pobres e com piores indicadores do país, prevendo ainda o agravamento da situação, porque setores como têxtil e o calçado “começam a evidenciar sinais preocupantes”.
O presidente da Associação Empresarial de Portugal também considera que o turismo não está a ser devidamente aproveitado na região, sendo que esta precisa que “atores e responsáveis regionais olhem para ela como um todo, criem políticas públicas, porque esta região tem tudo”.
Luís Miguel Ribeiro apontou ainda que é importante “estimular a cooperação entre pequenas, médias e grandes empresas”, com o apoio das associações empresariais.
“Não podemos aceitar que só por uma empresa estar em Castelo de Paiva tenha acesso a menos informação, apoios, ou menos condições do que outra que esteja em Coimbra ou Lisboa” , afirmou.