Hélder Bianchi, o ex-líder do “gangue de Valbom”, que está acusado de um assalto milionário a um ourives, em maio de 2017, manteve-se em silêncio esta sexta-feira no Tribunal de Penafiel, onde compareceu pela primeira vez desde o início do julgamento, depois de ter sido detido ao fugir da Polícia e ter tentado desarmar um inspetor.
Nas alegações finais, que decorreram esta sexta-feira, o Ministério Público pediu “justiça”, defendendo que há provas sobre os crimes.
Já os advogados de Hélder Bianchi e de Rodrigo Castor, os dois arguidos que estão acusados de ter participado no assalto ao ourives em Penafiel, pediram a absolvição dos seus clientes, porque entenderem não haver provas de roubo, nem sobre a tentativa de homicídio. Para o advogado de Rodrigo Castro, foi criada uma “fábula”.
Segundo a acusação do Ministério Público, Hélder Bianchi e Rodrigo Castro são suspeitos de, a 26 de maio de 2017, terem roubado 120 mil euros a um ourives de Penafiel, num assalto durante o qual dispararam cinco tiros de metralhadora Kalashnikov na direção de um PSP de folga que tentou travar o roubo. No banco dos réus sentam-se mais quatro arguidos, acusados de mais dois roubos a ourives.
Recorde-se que o assalto ocorreu quando o empresário de compra e venda de ouro e um funcionário saíam do Millennium BCP de Penafiel e se dirigiam para o carro, estacionado a poucos metros do local, onde estava uma mala com mais 120 mil euros. Nesse instante, segundo a acusação do Ministério Público, o empresário foi abordado por Hélder Bianchi e por Rodrigo Castro, assim como por outro indivíduo que nunca foi identificado. Munidos de luvas, passa-montanhas, uma pistola de calibre 9 mm e uma metralhadora Kalashnikov retiraram o ourives do interior do carro e tentaram roubar os 120 mil euros que este tinha levantado no banco e que tinha no bolso das calças.