Todos nós usufruímos, por convenção do dia solar, 86400s, mais 236s que no dia sideral. Estamos tão habituados a um dia a seguir ao outro que nos escapam duas coisas:
- Estamos a envelhecer.
- Um dia não vamos ter o dia seguinte, pelo menos da mesma forma.
Relativamente ao ponto um, não deixa de ser curioso que, só quando encontramos amigos que não vemos há bastante tempo, constatamos que para eles o tempo passou e estão mais “velhotes”. Como nos vemos todos os dias ao espelho, essa surpresa não ocorre em nós, exceto quando pegamos numa fotografia de há cinco anos atrás! Aí temos a evidência que, tal como acontece aos outros, vamos passando pelo tempo. Mas mais importante que contar o tempo é saber o que fazemos com ele. Embora o tempo seja infinito, apesar do planeta ser só habitável nos próximos mil milhões de anos (exceto se os humanos o destruírem primeiro), o nosso envelhecimento é que é o nosso ponto mais frágil. Em situações bastante favoráveis teremos até 120 anos de vida para que possa ocorrer a situação retratada no ponto dois. Em Portugal já temos cerca de 3000 idosos com mais de 100 anos. É também sabido que um dos mais graves problemas da humanidade, nomeadamente dos idosos (mas não só) é a solidão. Dos 86400s quanto tempo investe na manutenção e consolidação das suas amizades? E na criação de novos amigos? Hoje, graças às tecnologias digitais, com facilidade podemos estar em contacto visual mesmo com quem está longe! Se o período da Pandemia exigiu um abuso destas tecnologias, não podemos desprezá-las quando o encontro presencial não é possível! Se nada acontecer neste domínio, vamos mesmo acabar isolados, deprimidos, tristes, frios e fechados! Assim há que “trabalhar” para eliminar a sua solidão social. Por outro lado, também sabemos que não temos simpatia ou sintonia de igual forma para com todos. Nesse sentido, apesar de já termos alegadamente eliminado a solidão social, poderemos ainda não o ter feito quanto à solidão emocional. Afinal, só com poucos é que nos sentimos livres para partilhar o que somos ou sentimos! Falamos de Amigos e não de amigos. É só com esses que é possível vários ambiente de intimidade: emocional, intelectual, experimental, etc.
Ainda relativamente ao ponto dois, este não tem como finalidade assusta-lo. Apenas serve para o pressionar a não desperdiçar o seu tempo de vida física (esse sim é limitado) e se focar naquilo que efetivamente é mais importante para a sua Felicidade.
Referir por fim que os amigos podem fluir ao longo da vida e com todos sentimos e aprendemos algo. Esteja grato por eles e conserve-os. A frase “A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas” de Francis Bacon é uma realidade. Promover e alimentar a amizade é pois a melhor prevenção da solidão social e emocional. E hoje, já decidiu com quem vai meter conversa?
Através da Prática de Coaching trabalhe a sua capacidade de fazer amigos e de persuasão. Invista e desenvolva a sua inteligência social.
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