protesto

Cerca de uma centena de utilizadores da rede de transportes UNIR juntaram-se na manhã deste sábado, no Parque José Guilherme, em frente à Câmara Municipal de Paredes, numa manifestação de protesto contra o funcionamento do serviço de transportes. Reclamam por mais horários e mais autocarros e garantem que os constrangimentos da rede estão a colocar em causa centenas de postos de trabalho.

A nova rede de autocarros da Área Metropolitana do Porto (AMP) entrou em funcionamento no dia 1 de dezembro do ano passado e tem criado fortes constrangimentos aos utilizadores, que, em Paredes, reclamaram por mais horários, mais autocarros, assim como a pela reposição dos horários que existiam anteriormente, que lhe permitia chegar a horas ao trabalho, assim como aos alunos chegarem atempadamente à escola.

“Queremos exatamente aquilo que tínhamos. Se não melhorarem, pelo menos que cumpram aquilo que disseram que iam fazer. Disseram que iam cumprir tudo na íntegra e ainda iam dar mais. Nós não estamos a pedir o mais, estamos a pedir o que tínhamos”, referiu ao Jornal IMEDIATO Glória Marinho, o rosto do grupo de lesados que se juntou este sábado em frente à Câmara Municipal.

Os utilizadores da rede garantem que se trata de uma situação “inadmissível” e pediram à Câmara Municipal para tomar medidas. “Estão a prejudicar a nossa vida profissional e pessoal, porque isto é um stress e uma ansiedade muito grande. E depois querem que se produza muito, como podemos se nos estão a stressar”, garantiu Glória Marinho.

Ao protesto, no Parque José Guilherme em Paredes, juntou-se Marisa Matias, a eurodeputada do Bloco de Esquerda, que defendeu a criação de uma empresa para gerir o processo.

Mais um horário

Durante o protesto, um grupo de manifestantes foi recebido pelo vereador Paulo Silva que garantiu que amanhã haverá mais uma oferta de horário em direção ao Porto no período da manhã.

O autarca referiu ainda que houve já “um conjunto de medidas” que foram adotadas durante esta semana, que já permitiram “atenuar” os problemas existentes e reconheceu que existe ainda “um conjunto de situações que vão demorar a implementar”, nomeadamente no que respeita à frota de autocarros existente. “É todo um caminho que ainda temos pela frente, mas o grosso dos problemas está resolvido”, concluiu.

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