Biologicamente, somos fruto da combinação genética dos nossos progenitores. Visto assim, parece que estamos irremediavelmente condicionados e condenados a essa realidade. Uma pergunta interessante que o leitor poderá fazer será: porquê essa combinação e não outra? Independentemente das conclusões a que chegue, estas não vão mudar a realidade! Para complicar a situação, o meio familiar, sócio-económico, cultural, religioso, etc, vivido na infância são profundamente moduladores naquilo em que nos tornamos. Nesse sentido, a “verdade” de cada um é apenas uma das infinitas formas de tentar compreender a Realidade. Apesar de todos esses condicionalismos, não teremos nenhuns “graus de liberdade”? Seremos “obrigados” a ver e a viver a Vida em sentido obrigatório e único, desconhecendo (consciente ou inconscientemente) e/ou desprezando outros caminhos, pois todos eles…estão errados? Efetivamente, cada um de nós, enquanto jovem ou adulto, é o principal “impedimento” de evolução! Cada um de nós é o seu maior inimigo, devido às crenças e pensamentos limitantes associados a emoções “negativas” que frequentemente povoam as nossas vidas com grande intensidade. Se ligássemos sensores sonoros de “alerta” do nosso “diálogo interno” e constatássemos o tipo de pensamentos e emoções que atribuímos a nós próprios, ao longo do dia, todos os dias, provavelmente na rua, só ouviríamos um “piiiiiiiiiiiiiiiiii” infernal, reflexo de um desequilíbrio emocional (inconsciente) generalizado.
Evidências científicas dizem-nos, que apesar dos 50% do “peso” da carga genética naquilo que somos e dos 10% das circunstâncias da nossa vida que nos condicionam, ainda temos uns 40% de “graus de liberdade” para fazer a Vida acontecer.
Tudo isto para dizer que é possível sair da prisão mental em que nos encontramos, é possível encurtar o túnel escuro onde estamos, é possível pensar e sentir por nós próprios, sem receio da validação dos outros. É possível redescobrir outras “verdades” da Realidade, substituir “mapas mentais” obsoletos, por mapas mentais realistas/otimistas. É possível passar das ilusões do passado para os Sonhos exequíveis de hoje. É possível reconstruirmo-nos pacificamente, com motivação, foco, determinação e muito entusiasmo. Curiosamente,
evidências científicas na área da Epigenética, dizem-nos que, quando mudamos para um “mapa mental” ativo e positivo, apesar de não mudarmos o nosso genoma, temos elevada probabilidade de “silenciarmos” genes potencialmente “nocivos” e “ativarmos” outros potencialmente “positivos”.
Através da Prática do Coaching, utilize conscientemente os seus 40% de “graus de liberdade.” Passe de seu pior inimigo, que atua “por defeito e em automático” a seu (inseparável) melhor amigo íntimo, que visualiza, sonha, planifica, adquire novas competências e faz acontecer a mudança que deseja. A escolha está nas suas mãos! Não perca o próximo artigo de “Coaching…para quê?” Leia mais artigos na página de opinião do IMEDIATO.