O Tribunal de Penafiel condenou esta quinta-feira a cinco anos de prisão, o vendedor ambulante de 20 anos que, em fevereiro do ano passado, disparou contra dois homens num bar em Gandra, no concelho de Paredes.
O crime ocorreu em fevereiro do ano passado, quando Mounir Rosa e o amigo António Silva, se deslocaram a um bar em Gandra, onde o primeiro estava proibido de entrar, por altercações anteriores. Já no interior do estabelecimento, o vendedor ambulante – o único a ser julgado neste processo já que o paradeiro de António Silva é desconhecido – quis que lhe pagassem uma bebida e perante a recusa, envolveu-se numa discussão com o dono do bar. Mounir Rosa acabou por sacar de uma pistola, apontou-a ao peito do dono do estabelecimento e premiu o gatilho, não tendo disparado nenhum tiro porque a arma encravou.
Os dois homens foram depois expulsos do bar e já no exterior, o vendedor ambulante efetuou novo disparo, que desta vez atingiu um amigo do proprietário do estabelecimento no pulso e no peito, tendo-se depois colocado em fuga, juntamente com António Silva.
No decorrer do julgamento, Mounir Rosa admitiu estar na posse da arma na noite do crime, mas disse em tribunal que lhe foi dada por António Silva e que apenas a usou para assustar o dono do bar, tendo sido instigado pelo amigo a disparar, quando este se recusou servir-lhe uma bebida. Disse ainda que no exterior, disparou para o ar, por medo.
Contudo, para o Tribunal ficou provado que o homem – já com antecedentes criminais e preso preventivamente em Leiria à ordem deste processo – disparou com o propósito de tirar a vida ao empresário, só não o tendo conseguido porque a arma encravou. Assim, Mounir Rosa foi condenado a cinco anos de prisão por dois crimes de homicídio simples na forma tentada e por um crime de detenção de arma proibida.