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Fotografia: CHTS

A falta de vagas para internamento no Hospital Padre Américo, em Penafiel, criou constrangimentos na urgência, onde, na tarde desta segunda-feira, cerca de 60 utentes, aguardavam vaga, em macas, nos corredores do serviço. Também nas urgências de Pediatria, mães e crianças aguardavam consultas, sentadas no chão. Fonte do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), do qual faz parte a unidade penafidelense, confirmou a falta de camas, mas garantiu desconhecer problemas na unidade pediátrica.

A denúncia foi feita por profissionais do Hospital Padre Américo, que faz parte do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), através de imagens que mostravam macas nos corredores, com doentes que aguardavam para serem internados. Do lado da urgência pediátrica, várias imagens mostravam mães e crianças sentadas no chão, à espera de consulta.

Ao Jornal IMEDIATO, Carlos Alberto Silva, presidente do Conselho de Administração do CHTS, confirmou “a sobrelotação de doentes neste momento nas urgências do centro hospitalar”, explicando que a situação “agravou-se no fim de semana”, o que levou a que na tarde de ontem, estivessem cerca de 60 os doentes internados na urgência à espera de seguirem para enfermaria, “maioritariamente doentes com insuficiências respiratórias”, explicou.

Quanto à urgência pediátrica, garantiu desconhecer e assegurou que “não há falta de médicos, nem de camas no internamento, havendo lugar para todas as pessoas aguardarem sentadas”. Referiu ainda que o tempo de espera para consulta naquele serviço foi de duas horas na manhã de ontem, mas que ao final do dia já tinha sido reduzido para metade.

Para resolver o problema, o CHTS deu nota de que “está a desenvolver as respostas habituais nestas ocasiões, como agilização dos processos de altas e a suspensão da atividade cirúrgica não urgente até ao fim de semana”, assim como transferindo doentes para todas as unidades do setor privado e social que tenham camas disponíveis.

Segundo Carlos Alberto Silva o plano de investimentos para o próximo ano, que terá uma dotação de cerca de 20 milhões de euros vai no sentido de resolver este problema de falta de camas e contempla a ampliação do espaço de internamento – com a disponibilização de mais 50 camas para internamento – assim como dos blocos operatórios e dos cuidados intensivos. Prevê ainda a contratação de mais enfermeiros, estando tudo dependente da aprovação da tutela, que “tem estado sensível e tem correspondido aos investimentos permanentes”, concluiu o administrador.

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