O município de Paços de Ferreira é um dos 20 municípios que ultrapassaram o limite de endividamento permitido por lei no ano de 2021
Segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, o concelho de Paços de Ferreira é o 19.º no país, com o maior passivo exigível, com mais de 43,2 milhões de dívidas a pagar. Depois de Paços de Ferreira, é Paredes quem tem a segunda maior dívida do país e dos municípios da região, de mais de 41,7 milhões de euros.
Segundo o documento que analisa as contas dos municípios, estes dois municípios estão entre os 50 que registaram uma maior diminuição do passivo exigível em 2021. Paços de Ferreira reduziu a dívida em 38.º lugar, com uma redução de 1,24 milhões e Paredes ocupa o 48.º lugar, com uma redução da dívida em 1,05 milhões de euros.
Quanto aos concelhos de Penafiel e Lousada, estes não se encontram entre os 50 que têm a maior dívida do país, mas estão entre os 50 que registaram um maior aumento das dívidas em 2021. No concelho de Penafiel, que ocupa o 23.º lugar e tem um passivo exigível de 17,8 milhões, o aumento da dívida nos anos de 2020 e 2021 foi de 2,79 milhões de euros. Lousada, que tem uma dívida de 16,9 milhões, surge em 19.º lugar, com um aumento do passivo exigível de 3,4 milhões.
Já Paços de Ferreira, está entre os municípios da região que registou maior diminuição do passivo exigível em 2021. Entre 50 municípios, surge em 38.º lugar, com uma diminuição da dívida de 1,2 milhões de euros. Em 48.º lugar surge Paredes, com uma redução de um milhão.
No que respeita ao investimento pago, os concelhos de Penafiel e Paredes aparecem na lista dos 50 que mais investimento pagaram em 2021. Penafiel surge em 20.º na lista, com investimento pago em 2021 no valor de 21,4 milhões de euros, 53,1%.
Paredes é 39.º, com 16,1 milhões de euros de investimento pago, o que corresponde a 3,7%.
Na lista dos municípios com maior volume de pagamentos de amortizações de empréstimos (passivos financeiros) em 2021, Penafiel está entre os 35 que mais amortizaram. Surge em 29.º lugar, com uma amortização de mais de 3,1 milhões de euros.
Penafiel e Paredes são também dos 35 municípios com maior volume de Orçamento inicial em 2021. Em Penafiel – 25.º na tabela – o aumento foi de 13,9%, passando o orçamento de 77,1 milhões em 2020 para 87,8 milhões em 2021. Paredes é 32.º na tabela, com um crescimento de 16,5%. O orçamento passou de 61,7 milhões em 2020 para 71,9 milhões em 2021.
Entre os 50 municípios com maiores resultados económicos líquidos em 2021 aparece, em 37.º lugar, o município de Lousada, com um resultado líquido no ano em análise de 2,7 milhões. Penafiel surge em 47.º com um resultado líquido em 2021 de dois milhões de euros.
O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses apresenta uma análise económica e financeira das contas dos 308 municípios relativas ao exercício económico de 2021, incluindo ainda uma análise detalhada do setor empresarial local.
Com esta publicação concretiza-se o décimo oitavo anuário financeiro dos Municípios Portugueses, completando o período de 2003 a 2021, envolvendo cinco mandatos dos órgãos eleitos.
O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2021 resulta de um trabalho em equipa que envolve dois centros de investigação onde estão integrados os autores: o Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade (CICF) do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) e o Centro de Investigação em Ciência Política (CICP) da Universidade do Minho.
Este décimo oitavo Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses analisa as contas individuais da totalidade dos municípios Portugueses (308), de 144 empresas municipais (de um total de 158) e de
23 serviços municipalizados. Assim, o estudo analisa todos os municípios portugueses, uma amostra de 91% das empresas municipais e uma amostra de 100% dos serviços municipalizados