Conciliar a vida familiar com a profissional frequentemente não é uma tarefa fácil. Para piorar a situação, há trabalhos profissionais cujas tarefas inerentes não ficam concluídas no local de trabalho e têm de ser executadas em casa! Igualmente, os filhos têm de estudar mais ou menos decorrente do nível académico em causa e fazer as tarefas escolares. Para aumentar a “confusão,” todos estes elementos comem, dormem, tomam banho, etc, o que implica ser o trabalho doméstico uma constante invisível mas sempre presente! Esta é a realidade diária da grande maioria da população! Qual a qualidade da comunicação nestas famílias? Quantas zangas? Quantos berros? Quantas ameaças? E, infelizmente, quanta violência física? Quantos não aguentam estes “somatórios” de pressão profissional e familiar e acabam em divórcio? Quantos filhos sofrem silenciosamente “as guerras” dos pais e que muitas vezes os usam como chantagem emocional? Quais as consequências emocionais e gatilhos emocionais negativos se estão a criar em todos os envolvidos?
Será que é possível fazer melhor? Claro que é. Sempre é possível fazer melhor, seja qual for a decisão tomada. Até num divórcio é possível fazer melhor, mantendo a amizade, o respeito para um convívio salutar entre parceiros e filhos!
Antes de se chegar a situações críticas, é necessário aplicar medidas preventivas. Identificar perigos, avaliar e gerir riscos deve ser algo natural e consciente em todas as tarefas humanas! Caso contrário, tudo resvala para o “acidente”. Algumas questões preventivas, podem ser levantadas e “trabalhadas” no âmbito do Coaching, tais como:
Cada um sente-se integrado, amado e desejado no âmbito familiar?
Cada um tem consciência que a casa é de todos e que todos têm de participar?
Cada um sabe (por escrito) quais as tarefas que assumiu fazer, para o bem de todos?
Cada um conhece as consequências do não cumprimento das tarefas?
Cada um sabe que pode auxiliar e cooperar com o outro nas suas tarefas?
Na planificação e organização da semana todos sabem o que fazer?
Nessa planificação existe tempo para todos conviverem?
Os desejos e gostos de cada um são tidos em consideração, sempre que possível?
Os tempos de estudo estão adequado à exigência académica?
Os tempos de divertimento estão igualmente descritos?
Todos têm tempo para usufruir…sozinhos?
(….)
Por vezes, a atribuição de tarefas e respetiva responsabilização, adequada a cada faixa etária, é quanto basta para manter um clima familiar coeso, unido e pacífico entre todos. Onde existe planificação e organização…sobra mais tempo para se usufruir positivamente.
Jamais deveremos ser escravos de um “papel”! Se um dia se proporcionar fazer algo distinto, inovador e radical que permita potenciar e solidificar a união entre todos, deite ao lixo a organização desse dia! O bem-estar de todos (incluindo os animais de estimação) estará sempre em primeiro lugar.
Através da Prática do Coaching, trabalhe a sua cooperação em família, organize a sua vida pessoal e profissional e ganhe tempo para fazer o que deseja! Aos filhos é possível consciencializá-los para um trabalho colaborativo e transformá-los em parte ativa na construção de um verdadeiro ambiente familiar com amor.
Não perca o próximo artigo de “Coaching…para quê?” Leia mais artigos na página de opinião do IMEDIATO.