Os números não deixam margem para dúvidas: Portugal teve o maior crescimento económico da União Europeia no primeiro trimestre de 2022, destacando-se entre os seus pares europeus, o que se revela um indicador assinalável e de grande esperança para o futuro do nosso país.
Com a maior subida homóloga do PIB, atingindo a marca dos 11,9% nos primeiros três meses do ano, a economia portuguesa superou a Áustria e a Hungria, segundo e terceiro classificados neste ranking, com crescimentos de 8,7% e 8%, respetivamente, valores que são reforçados quando comparados com o trimestre anterior, onde o PIB português registou também o maior crescimento (2,6%), seguindo-se da Áustria e da Polónia (2,5% e 2,4%, respetivamente).
Estes números surgem num contexto de trajetória positiva da economia da zona euro, com um ascendente de 5,1% no mesmo período, e da UE, correspondente a 5,2%, mas onde se registam simultaneamente recuos, com a Suécia, a Itália e a Dinamarca a evidenciarem um rumo inverso (-0,4%, -0,2% e -0,1%, respetivamente).
Por análise isolada dos indicadores económicos e, necessariamente, por comparação com os homólogos europeus, o posicionamento de Portugal é ainda mais notável, já que se concretiza num período marcado pela guerra na Ucrânia, depois uma fase pandémica exigente, o que poderá indiciar as tendências negativas nalguns países, que resultaram, eventualmente, do impacto decorrente dos acontecimentos em solo ucraniano, limitando a aceleração das economias, como aconteceu com o nosso país vizinho – Espanha -, que se ficou por um crescimento em cadeia de apenas 0,3%.
Com isto, terminamos da mesma forma com que começamos: os números demonstram que as opções do Governo estão a adquirir os resultados pretendidos, numa conjetura que é apenas possível pelo trabalho desenvolvido nos últimos anos pela gestão governativa nacional.
O primeiro teste em que esta estratégia passou com distinção tinha sido já a pandemia, permitindo aguentar o país num clima de paragem total do mundo. Agora, perante novo sobressalto e com as dificuldades que ainda poderão vir, ficamos com a sensação de que valeu a pena escolhermos mais emprego, uma economia mais forte, um défice com valores mínimos históricos e a austeridade definitivamente fora do primeiro plano.
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