Refugiados Paredes

Regressaram hoje a Paredes, as três carrinhas que, no passado sábado, partiram numa ação humanitária em direção à Polonia. Consigo, trouxeram 21 refugiados ucranianos – mulheres, jovens e crianças – que fugiram da guerra e que se vão instalar em Portugal, em casa de familiares e famílias de acolhimento.

Foi num clima de muita emoção que os 21 refugiados ucranianos chegaram a Paredes. As lágrimas caíam pelos rostos dos que esperavam para dar um abraço aos seus entes queridos, que se viram obrigados a fugir de uma guerra indesejada e que, graças à boa vontade de um grupo de seis voluntários de Paredes e Penafiel, chegaram agora sãos e salvos a Portugal.

Chegam a Portugal, para junto de familiares ou famílias de acolhimento, com uma nova esperança, graças a uma iniciativa conjunta do município de Paredes, da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas Joaquim Araújo, de Penafiel, a Hexágono – Associação dos Antigos Alunos da Escola Secundária de Paredes e a Associação de Estudantes da Escola Secundária de Paredes, que contou com o apoio de vários parceiros locais e do Grupo JAP, que disponibilizou três viaturas de nove lugares.

“Foi uma migalha, uma gotinha de esperança”

Raul Ribeiro foi um dos seis voluntários que, no sábado passado, partiu em direção à Polónia para esta jornada humanitária de quatro dias. Chegam a Paredes com a vontade de regressar.

Para o grupo de voluntários, foi uma experiência “muito gratificante”, mas também desgastante, do ponto de vista físico – pois viajaram durante quatro dias com muito poucas paragens pelo caminho – mas principalmente, do ponto de vista emocional. “Quando vimos aqui as famílias a vir buscar os seus, foi das coisas mais deliciosas que pode acontecer. Percebermos que estas crianças, que vinham com alguma insegurança, estão agora em segurança. Foi maravilhoso quando se aperceberam que estava aqui a família”, declarou.

Da jornada, guarda memórias difíceis. “Nunca vi tanta gente junta. Milhares de autocarros lá, a ajuda é brutal. É indiscritível e doloroso. Há muita gente a querer sair, mas não vou conseguir sair todos”, lamentou, contente “pela migalha, pela gotinha de esperança”, que conseguiram dar aos 21 refugiados que os acompanharam nesta viagem.

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