Joaquim Pinto tem 40 anos e é o candidato pelo PSD à Câmara Municipal de Paços de Ferreira. Licenciado em Economia, pela Universidade Portucalense, em 2001, concluiu ainda as Pós-Graduações em Auditoria e Controlo de Gestão, na Universidade Católica Portuguesa e em Análise Financeira, na Porto Business School. Aos 25 anos assumiu a presidência da Comissão Política Secção da JSD de Paços de Ferreira, sendo dois anos depois eleito Presidente da Comissão Política Distrital da JSD do Porto. Entre 2005 e 2009 foi vereador na Câmara Municipal de Paços de Ferreira e entre 2009 e 2013 foi membro da Assembleia Municipal do concelho. Entre 2002 e 2005 exerceu funções de economista na Associação Empresarial de Paços de Ferreira. Em 2010, assumiu funções de Diretor Executivo do Cluster do Mobiliário. Exerce desde os 24 anos funções de dirigente associativo em várias instituições do concelho. De 2011 a 2015, foi presidente do Juventude Pacense e foi também presidente do Conselho Fiscal dos Bombeiros Voluntários de Paços de Ferreira.
O que o levou a assumir esta candidatura?
Assumi a candidatura a Presidente de Câmara de Paços de Ferreira por duas razões: pelo apoio que fui sentindo por parte das várias pessoas que vivem no concelho e por parte dos militantes do PSD, em particular dos nossos Presidentes de Junta. Em segundo lugar porque a visão que tenho para o concelho de forma nenhuma se enquadra no caminho que se encontra a ser seguido pelo actual Executivo. Eu vejo Paços de Ferreira como uma terra com enormes potencialidades, que tem jovens (e menos jovens) que são um activo que não pode ser desaproveitado. Temos todas as condições de nos tornar um concelho líder na região e um exemplo a seguir no país, tanto a nível da qualidade de vida como nas oportunidades que criamos do ponto de vista do emprego para a nossa população.
O que a distingue das restantes?
A minha candidatura está focada no aumento da atractividade do concelho. Paços de Ferreira é um território com características únicas que têm de ser potenciadas com decisões orientadas para garantir um futuro melhor para as próximas gerações. Eu não estarei focado na minha reeleição mas sim em melhorar a qualidade de vida das próximas gerações. E se esta é uma marca distintiva face às restantes candidaturas, há uma outra que quero desde já assumi-la: terei um mandato mobilizador da população pois serei um Presidente de Câmara que não vai diferenciar um cidadão só porque ele tem outras preferências políticas, religiosas ou de outra ordem qualquer. No dia 29 de Setembro acaba a campanha eleitoral! Não a vou prolongar pelos 4 anos do mandato. Repare, estou convicto que temos 12 candidatos a Presidentes de Junta de elevada qualidade e que servirão da melhor forma a nossa população. Mas se em algum caso a Junta de Freguesia for ganha por outro partido, esse Presidente de Junta não será tratado de forma diferente dos outros, ao contrário do que se passou no actual mandato. A população dessa freguesia não tem de estar ao abandono só porque escolheu um Presidente de Junta de cor partidária diferente da do Presidente de Câmara.
Quais são as prioridades da candidatura que lidera?
Como disse há pouco: aumentar a atractividade do nosso concelho quer do ponto de vista empresarial como do ponto de vista social. Este caminho terá dois eixos principais. Ao nível da atractividade das pessoas, é importante que consigamos aumentar o nível da qualidade de vida das pessoas que cá vivam (ou que queiram vir viver), melhorando os nossos espaços de lazer, criando um conjunto de acções de âmbito cultural mais coerente e próxima da população e envolvendo vários agentes da sociedade civil neste processo. Por exemplo, as associações do nosso concelho terão um papel importante na formação desportiva e cultural da nossa população. Mas para tal deverão ter ao seu dispor outro tipo de infra-estruturas e apoios que lhes permita desenvolver a sua importante acção. Outro exemplo: a qualidade de vida que queremos conferir aos nossos idosos que seguramente não é conseguida com as “festinhas” que a Autarquia tem dinamizado ao longo dos últimos 4 anos. Vamo-nos apresentar com um conjunto de medidas coerentes e orientadas para que os dias da reforma dos nossos idosos sejam o mais confortáveis possível. Neste campo pretendemos suprir falhas que existam no concelho como por exemplo, vamos criar um centro inovador – um centro de noite – para dar resposta aos idosos do concelho que, tendo condições de passar o dia em sua casa, não queiram sofrer com a solidão da noite. Este projecto nascerá na freguesia da Seroa.
Do ponto de vista da atractividade empresarial, o concelho tem de apostar a dois níveis: devolver à marca distintiva do nosso concelho, a Capital do Móvel, a importância e dinâmica que merece ter! Este caminho será feito em parceria com a AEPF, assim esta entidade aceite o nosso desafio. Um segundo nível da aposta da atractividade empresarial será a aposta na criação de emprego privado, quer com atracção de novas empresas como com o fomento à criação de empresas pelos nossos jovens. Para tal temos que resolver o problema criado pelo actual Executivo relacionado com os terrenos das zonas industriais e criar um conjunto de instrumentos de apoio ao empreendedorismo jovem e inovador.
Em que áreas defende que tem que haver uma maior intervenção política?
Como disse na pergunta anterior, é importante que o emprego se mantenha no foco da actuação da acção municipal Até admito que tenha existido diminuição de beneficiários do subsídio de desemprego nos últimos 4 anos. Mas criação de emprego por acção do Executivo Municipal e entenda-se neste campo, através da atracção de empresas ou apoio ao investimento das empresas existentes, não vi. Só mesmo na Gespaços! Mas este tipo de emprego não é o que pretendo fomentar!
Depois na área do Ambiente e da Qualidade de Vida. Se há pelouro em que a acção foi pobre foi neste. É fácil de verificar que a eficiência da recolha de resíduos baixou pois os contentores estão sempre a transbordar! Mas acções para a sensibilização ambiental e para a diminuição de gases com efeitos de estufa não houve nenhuma acção durante 4 anos! Vamos fazer uma aposta séria na recolha de resíduos para reciclagem, aumentando o número de ecopontos, em particular os enterrados em áreas urbanas do concelho. Mas nesta área vamos também atacar o problema ao nível da mobilidade! Para tal pretendemos criar uma rede de ecopistas no concelho que liguem todos os parques do concelho e aproveitem o nosso Rio Ferreira e promover o Pilar como um enorme espaço de desportos ao ar livre.
Mas mais, temos de promover marcas distintivas do nosso território: o Mosteiro de Ferreira, a Citânia de Sanfins, completamente abandonada nos últimos 4 anos e o Capão à Freamunde são “activos” que este concelho tem e através dos quais conseguem atrair turistas em segmentos como o turismo patrimonial e o turismo gastronómico. Mas por último, o mais simples: o urbanismo. Já nem falo nas limpezas de bermas que se não são os senhores Presidentes de Junta a assumir a responsabilidade, o nosso concelho estaria num estado subdesenvolvido como estava quando o actual Executivo tinha essa responsabilidade. Falo em questões importantes como os centros das duas cidades. Para este caso vamos apresentar projectos base, abrindo um período de discussão pública para que a população possa contribuir para o seu melhoramento logo nas primeiras semanas do mandato. Mas refiro também uma questão completamente esquecida até ao momento: as exposições de mobiliário que se encontram abandonadas. São um problema de urbanismo que temos e que vamos resolver nos próximos 4 anos. Como? Fazendo deste problema, uma oportunidade de futuro. Já estou a trabalhar neste campo com aquele que será o Vereador do Desenvolvimento Económico.
Como analisa e avalia o último mandato autárquico?
Foi um mandato fraco. Nem mesmo os últimos dois meses, nos quais se iniciou algumas obras me fazem mudar de opinião! Aliás, ainda me convencem mais que o caminho a seguir não é este. As expectativas eram altas pois com este Executivo abriu-se um novo ciclo político. Mas se avaliarmos com distanciamento percebemos que tivemos um mandato sem coerência estratégica para o concelho, assente numa comunicação agressiva com o passado mas que nada trouxe de benéfico para Paços de Ferreira. Mas o que mais me revolta é a permanente tentativa de enganar a população com uma série de habilidades de comunicação. Podemos falar na questão dos livros, supostamente oferecidos (foi assim que se apresentaram a eleições há 4 anos) mas afinal “emprestados”. Mas o exemplo mais claro é o caso do dossier da água, em que a postura “zigzagiante” do Executivo vai-nos fazer pagar uma factura elevada. Que não fiquem dúvidas: eu sou a favor da baixa da água! Mas recordo que neste caso o candidato do PS apresentou-se a eleições a anunciar a remunicipalização da água e do saneamento. Mas mais grave ainda. O candidato do PS, por várias vezes escreveu, nos seus dramáticos posts de uma rede social que esta baixa da factura da água e do saneamento era feita à custa da diminuição exclusiva dos lucros da empresa Águas de Paços de Ferreira. Como é que é possível escrever isto quando foi aprovado pela Assembleia Municipal um memorando que prevê o pagamento de 50 milhões de euro de compensação a esta empresa? Esquecimento não poderá ser porque é muito dinheiro para ser esquecido! Mas mais grave ainda do que duplicar o valor da dívida da Câmara é mentir (com os dentes todos) à nossa população só para ir buscar mais uns votos.
Quais são as suas expetativas para o dia 1 de outubro?
Vencer as eleições para a Câmara Municipal, para a Assembleia Municipal e para todas as Juntas de Freguesia do nosso concelho. Mas mais importante do que isso é sentir que a população do nosso Concelho confia em mim e na minha equipa, no Eng. José Manuel Soares e na sua equipa e em todos os candidatos às Assembleias de Freguesia do PSD para garantir um futuro melhor para todos nós!