Banco Alimentar
Fotografia: Banco Alimentar

Este fim-de-semana, a Campanha de Recolha de alimentos promovida pelo Banco Alimentar Contra a Fome volta a ter equipas de voluntários nos supermercados de todo o país, a convidar os portugueses, de forma mais pessoal, à partilha de alimentos com as famílias com necessidades para que possam ter, não só um Natal mais feliz, mas alimento à mesa todos os dias.

“É assim retomada, depois de uma interrupção imposta pela pandemia, a alegria da partilha, do voluntariado e da solidariedade nesta ação presencial, tão relevante numa altura em que se agravaram as situações de carência de muitas famílias portuguesas”, indica a organização, em comunicado.

A pandemia impediu, desde maio de 2020, a presença nas lojas dos voluntários. Agora, passados quase dois anos, as equipas regressam aos seus “postos”, nas entradas dos estabelecimentos, com o propósito de receber doações de produtos alimentares básicos.

“É com muita alegria que anunciamos o regresso das equipas de voluntários ao terreno em mais uma Campanha de Recolha de alimentos dos Bancos Alimentares. Eles são, sem dúvida, a imagem e o corpo desta iniciativa que propõe, desde há 30 anos, a partilha com as famílias que precisam de apoio alimentar. Os voluntários estarão presentes para receber as doações de alimentos e prestar informação sobre a campanha Ajuda Vale” afirma Isabel Jonet, Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

Assim, cerca de 20 mil voluntários ao serviço dos 21 Bancos Alimentares, devidamente identificados, estarão presentes à entrada de aproximadamente 1.200 estabelecimentos comerciais, distribuídos de Norte a Sul do país, convidando os portugueses à partilha de alimentos com as muitas famílias que enfrentam carências alimentares todos os dias, uma situação agravada pelo impacto económico e social da pandemia ou, quando tal não seja possível, tão só a dar informação sobre a campanha Ajuda Vale.

“Salientando a importância do contributo individual e do envolvimento de cada pessoa na construção de uma comunidade mais fraterna, a já tradicional e tão querida campanha dos portugueses está de regresso com uma mensagem que assenta precisamente na ideia da simplicidade do gesto de partilhar, independentemente da dimensão do donativo”, indica a nota.

Participar na campanha é simples, descreve a comunicação: basta aceitar um saco do Banco Alimentar e, nele, colocar bens alimentares – de preferência produtos não perecíveis (como leite, conservas, azeite, açúcar, farinha, massas, etc.) entregando-o aos voluntários à saída.

Os produtos doados serão encaminhados para os armazéns dos 21 Bancos Alimentares em atividade na região onde são doados, e aí pesados, separados e acondicionados. No final, e ainda com recurso ao voluntariado, o resultado é distribuído localmente a pessoas com carências alimentares.

Recorde-se que no ano passado, em plena pandemia, os 21 Bancos Alimentares em atividade distribuíram 29.939 toneladas de alimentos (com o valor estimado de 41,9 milhões de euros), num movimento médio de 120 toneladas por dia útil, prestando assistência a 2.700 instituições e entidades que contribuíram para a alimentação de 450 mil pessoas com carências comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confecionadas, de acordo com os dados da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

“Um resultado que só foi possível graças à criação, em março de 2020, da Rede de Emergência Alimentar, articulada nos Bancos Alimentares Contra a Fome, implementada com o objetivo principal de acautelar o risco de situações de rutura de apoio alimentar, de isolamento e de desespero, ainda mais agravado pelas pessoas vítimas do impacto social da pandemia”, remata.

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