Surto / Escola Básica de Arreigada
Fotografia: Direitos Reservados

Quando questionados no âmbito do Observador Cetelem Regresso às Aulas 2021 sobre como será feito o trajeto dos estudantes até à escola, este ano há mais encarregados de educação a apontar mais do que uma opção, o que indica que este ano aumenta a utilização de vários meios de transporte na deslocação para a escola.

No ano passado eram usados, em média, 1.1 meios de transportes, enquanto em 2021 se regista uma média de 1.3. É principalmente nos ciclos de ensino em que os estudantes são mais autónomos que são utilizados mais do que um meio de transporte, nomeadamente no Secundário e Superior (ambos com média de 1.5).

Este aumento reflete-se em todos os meios de transportes, registando-se um crescimento maior nas deslocações a pé (38% +23%). Ainda assim, a maioria dos encarregados de educação indica que os estudantes a seu cargo vão deslocar-se mais vezes de carro com a família (57% +8% face a 2020), um aumento que tem sido constante – eram 47% em 2019 e 53% em 2020.

Contudo, verifica-se igualmente uma recuperação e um aumento da confiança nos transportes coletivos face ao ano anterior (+14%), quando teve início a pandemia – com 24% as respostas. Já 8% dos encarregados de educação inquiridos dizem ter contratado transporte específico para estudantes; e há também estudantes que se vão deslocar de Bicicleta/ Trotineta e de Mota/Scooter (ambos com 1%).

Os dados permitem observar que há mais estudantes a deslocar-se mais frequentemente de carro com a família entre os que estão no ensino pré-escolar, e no 1º e 2º ciclos (81%, 69% e 59% respetivamente). No secundário, há uma maior repartição entre estudantes que vão de carro com a família (44%), a pé (43%) e de transportes coletivos (43%). Os estudantes do Ensino Superior são os que mais optam por usar transportes coletivos (61%).

Entre os tipos de ensino, verifica-se que os alunos do ensino privado se deslocam mais frequentemente de carro com a família (78%), com 25% a ir a pé e 25% de transportes coletivos. No ensino público, 54% vão de carro com a família; 41% a pé; e 25% de transportes coletivos.

O inquérito quantitativo do Observador Cetelem Regresso às Aulas 2021 foi realizado pela empresa de estudos de mercado Nielsen. Este teve como target indivíduos de ambos os sexos, de idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, residentes em Portugal Continental, que tenham dependentes em idade escolar. O estudo foi conduzido através de entrevistas telefónicas assistidas por Computador (CATI). No total foram feitos 1305 contactos para realizar 502 entrevistas representativas do universo em estudo.

O erro máximo associado é de + 4.4 p.p. para um intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram conduzidas por intermédio de questionário estruturado de perguntas fechadas com a duração máxima de 12 minutos. Foram realizados contactos representativos da população e estratificados por Distrito; Sexo e Idade para encontrar o target do estudo. As entrevistas foram conduzidas por uma equipa de entrevistadores Nielsen, que receberam treino específico para o presente estudo. O trabalho de campo decorreu entre 13 a 19 de agosto 2021.

A maioria dos inquiridos pelo Observador Cetelem Regresso às Aulas 2021 (60%) tem apenas um estudante a seu cargo, 35% tem dois e 5% tem três ou mais. 90% dos inquiridos indicam que os seus dependentes frequentam o ensino público, com os restantes a referir o ensino privado. A grande maioria (75%) tem a seu cargo estudantes do ensino básico – 28% no 1º ciclo; 31% no 2º ciclo e 36% no 3º ciclo. 24% têm estudantes a seu cargo a frequentar o ensino secundário, 9% o ensino pré-escolar e 9% estudantes universitários.

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