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No âmbito da atividade integradora do curso EFA NS Técnico/a de Geriatria, promovido pela Consultua – Ensino e Formação Profissional, financiado pelo POCH, que decorre nas instalações da ADISCREP – Associação para o Desenvolvimento de Penafiel, subordinada ao tema “Comunicação e Interação com o Idoso” foi realizado, entre junho e julho de 2021 um inquérito a uma amostra de 85 idosos da zona geográfica do Tâmega e Sousa.

O objetivo principal foi identificar as problemáticas da população idosa desta zona geográfica, que é também a zona de residência dos nossos formandos. Este foi realizado através de um questionário presencial, de forma aleatória, a idosos transeuntes, em horário de formação.

Para este processo de inquérito foram inquiridas 45,9% pessoas do sexo masculino e 54,1% do sexo feminino, com idades superiores a 65 anos, sendo que 44,7% das pessoas possuem habilitações inferiores ao 4ºano, 61.5% não sabe ler nem escrever. Apenas uma pessoa frequentou o 1º ano e os restantes 18% frequentaram os 2º e 3º anos e sabem ler e escrever. Relativamente à religião, 94.1% são católicos, 1,2% protestantes, 1,2% evangélico, 1,2 % evangélico-cristã e 1,2 % ateu.

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Cuidados com a alimentação                          

Conclui-se que 63,5% procura ter uma alimentação saudável e 36,5% admite não ter. A maior parte dos inquiridos afirma não consumir carnes fumadas e vermelhas, consumindo mais carnes brancas e peixe, aumentando o consumo de frutas e legumes e reduzindo o consumo de sal e de açúcar. No que concerne às refeições diárias, 4,7% faz apenas 2 refeições, 23,5% faz 3 refeições, 48,2% faz 4 refeições e 23,5% fazem 5 refeições. Destas, 91,8% toma o pequeno almoço, 100% o almoço, 75,3% o lanche, 100% o jantar e, por último, 22,4% toma uma ceia antes de ir dormir.

Quisemos saber também sobre os hábitos de consumo de álcool desta população e apuramos os seguintes resultados: 56,5% consomem bebidas alcoólicas e 43,5% não consome. Diariamente, 49,4% consome uma a duas vezes por dia e 4,7% consome mais do que duas vezes.

Neste inquérito, foi ainda questionado o hábito de tomar café diariamente e concluímos que 62,4% toma café e 37,6% não toma, sendo que 40% não toma café diariamente, 27,1% toma um, 18,8% toma dois, 9,4% toma três e 4,7% toma quatro cafés diários.

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Problemas de Saúde e Medicação

Relativamente à toma de medicação, no universo total dos inquiridos, cerca de 43,5% das pessoas toma medicação para variados problemas de saúde.

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Ainda dentro dos cuidados de saúde, foi questionado quantas horas dormem por dia. Os resultados obtidos foram: cerca de 9,4% dormem até 5 horas; 55,3%, entre 5 a 8 horas e 35,3% dormem mais que 8 horas por dia. Em relação às insónias, 40% da população inquirida tem perturbações do sono e precisam de medicação para dormir. 60% não tem qualquer problema para dormir. Foram também obtidos outros resultados sobre as doenças crónicas que possuem. Assim, 83,5% sofrem de doenças crónicas e 16,5% não. Os principais problemas detetados são a hipertensão com 32,9%, diabetes com 31,8%, problemas cardíacos 23,5%, outras doenças 22,4% e patologias do foro mental com 16, 1%.

Atividade física e dificuldade de locomoção

Tendo em conta a idade dos inquiridos, quisemos também saber sobre a existência de problemas de locomoção, sendo que cerca de 36,5% sente dificuldades e 63,5% dos idosos não tem qualquer problema de locomoção.

No que concerne a prática de exercício físico, 50,6% dos idosos pratica exercício físico e 49,4 % não pratica exercício físico. Em relação à ocupação dos tempos livres, 43,5% vê TV, 24,7% ocupa-os na jardinagem/agricultura e bricolage, 11,89% ocupa os tempos livres a ler, cerca de 14,1% em jogos sociais, 7,1% afirma estar só, 2,4% ocupa-se com jogos de estratégia e desenvolvimento e 52,9% afirma ocupar-se com outras atividades, não especificando quais.

Apoio familiar/ Frequência Centro de Dia

A resposta ao apoio e retaguarda familiar constitui-se como uma medida de proteção, em situação de dependência, a idosos, que se encontrem numa condição de vulnerabilidade.

Ao refletir sobre o acolhimento familiar/lares como mais uma alternativa de proteção e de assistência ou cuidados de saúde, necessariamente discutimos as mudanças de conceção do papel da família/lares, outras perspetivas sobre a construção de novas formas de relacionamento afetivo e a necessidade de qualificar cada vez mais esta resposta social.

Assim, a falta de interesse de ir para um Lar/Centro de Dia, na sua grande maioria, leva-os a apoiar-se na retaguarda Familiar.

Concluímos assim, que a grande maioria da população inquirida tem hábitos de alimentação saudáveis, apresentando, no entanto, algumas doenças ao nível de colesterol, diabetes e hipertensão, doenças características desta faixa etária. No que concerne ao exercício físico, ainda não há uma cultura enraizada da sua prática, todavia, consideramos que cabe às instituições e à retaguarda familiar incentivar o mesmo como forma de promoção da saúde.

O nosso grupo, enquanto futuros Técnico(a)s de Geriatria, compromete-se a uma luta ativa na melhoria da qualidade de vida do idoso.

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