Já há mais de um mês que centenas de alunos do ensino secundário do concelho de Paços de Ferreira não têm aulas presenciais devido à situação pandémica do concelho. Contudo, ainda que a incidência de covid-19 tenha vindo a cair, não é conhecida uma data para o regresso do ensino presencial.
Ao IMEDIATO, os diretores da Escola Secundária de Paços de Ferreira (ESPF), José Valentim Sousa, e da Escola Secundária de Freamunde (ESF), Amância Santos, adiantaram que a decisão está ao encargo das autoridades de saúde pública, de forma que ainda não lhe foi indicada uma data em que os alunos possam voltar à escola.
Contudo, para ambos, o regresso ao ensino presencial só deve acontecer no segundo período do ano letivo, sendo que apenas existem nove dias úteis de aulas até às férias de Natal.
“A escola tinha um plano para um cenário destes, por isso os alunos não foram prejudicados, mas não é a mesma coisa. É muito diferente estar na escola ou em casa, há toda uma parte presencial que falta, todos estão muito cansados desta solução”, relatou o diretor da ESPF.
Também Amância Santos defende o regresso dos alunos do 10º, 11º e 12º anos à escola, sublinhando que há uma certa “ansiedade” da comunidade escolar e até mesmo “pressão” por parte dos encarregados de educação para que tal aconteça.
“É um desgaste muito grande para todos, principalmente para os professores, sendo que alguns dão aulas presenciais ao ensino básico e aulas online ao secundário. Também aos alunos falta aquilo que a escola oferece além do conhecimento: o convívio. Estão todos muito exaustos”, afirmou.
E, se há um mês, “as coisas estavam muito más”, para a diretora da ESF o cenário tem vindo a melhorar e parece exequível que os alunos do secundário voltem em janeiro. “Esperamos que o regresso significa que em termos de saúde as coisas estão melhores”, rematou.