No ano de 2022, os serviços veterinários da Câmara Municipal de Paços de Ferreira recolheram 220 animais, e destes, 147 foram adotados.
Estes números foram fornecidos ao Jornal IMEDIATO pela veterinária municipal Joana Monteiro, que no passado dia 17 de janeiro reuniu com as forças de segurança, para um balanço do ano que cessou e para projetar atuações para o ano em curso.
Trabalhando em articulação com a GNR e a Polícia Municipal, e em parceria com Associações de Animais do concelho, os serviços municipais são responsáveis pela recolha dos animais, procurando depois encontrar-lhes um lar, visto não haver em Paços de Ferreira um Centro de Recolha Oficial, um projeto que está a ser pensado e será uma realidade no futuro.
Assim, segundo os serviços, no ano de 2022 foram recolhidos pelo município 220 animais, sendo que 147 foram adotados. Dez deles tiveram que ser eutanasiados, por sofrimento extremo.
Além da recolha dos animais e da procura de casa, os serviços veterinários tratam ainda da esterilização dos animais, e no ano de 2022 foram esterilizados 182 animais, dos quais 67 felídeos e 115 canídeos.
Segundo Joana Monteiro, houve um decréscimo no número de animais abandonados no concelho, no segundo semestre do ano passado. “Mais com o início da crise financeira temos vindo a notar o aumento de abandono”, referiu.
Esta não é uma boa notícia para os serviços, que não tendo nenhum Centro de Recolhe Oficial, têm que alojar os animais nos poucos espaços que dispõem para o efeito.
Sem esta capacidade, o município tem levado a cabo campanhas de sensibilização junto da comunidade, de adopção e esterilização de animais. “O município teve uma campanha gratuita de colocação de microchip e vacina da raiva durante todo o ano transato, a todos os animais, onde regularizou 1494 animais (cães e gatos). Para além disso, todos os animais adotados ao Município têm microchip, vacina da raiva, 1ª desparasitação e esterilização gratuitas. Com isto, o ano passado demos 133 vouchers de esterilização (logo, 133 castrações oferecidas)”.
Além disso, vai implementar em 2023 um programa de apoio a famílias carenciadas, com base nos rendimentos das famílias.
Mas, para Joana Monteiro, a resolução da problemática dos animais errantes não passa, só, por construir mais canis e ter canis maiores. “Se tivermos um canil com 100 jaulas, estarão sempre lotadas e mais animais irão sempre existir para recolher. Esta problemática trata-se por combater o abandono, regularizar as situações dos microchips, esterilizar todos os animais sem exceção e acima de tudo educar as pessoas. Tudo isto é uma questão de cidadania. Temos ido a escolas sensibilizar os mais novos e feito ações de sensibilização com os munícipes a educá-los que os animais não podem andar sozinhos na rua sem os donos e que têm que ter microchip e vacina da raiva regularizada. Isto leva à diminuição de ninhadas errantes ou indesejadas”.