antonio moura 1

O Tribunal de Penafiel condenou a 22 de anos de cadeia o homem de 57 anos, que em julho de 2023 matou a mãe de 80 anos, asfixiando-a com um cinto, na casa que partilhavam em Cristelos, Lousada. O homicídio só foi descoberto seis meses depois, após denúncia de um neto da vítima.

Para o Tribunal “não restaram dúvidas” de que António Moura, matou a mãe num cenário de violência doméstica, que durou cerca de um mês, período durante o qual o homem partilhou a casa com a progenitora e um sobrinho, depois de ter perdido a sua habitação num incêndio.

O homem, que negou a autoria do crime durante o julgamento, tendo reconhecido que consumia bebidas alcoólicas em excesso, não mostrou, para o coletivo de juízes, “nenhum arrependimento”. “Verdadeiramente não diz nada”, referiu Pedro Vaz, o juiz presidente, salientando o facto do arguido se lembrar “de tudo, menos das atitudes que o podiam responsabilizar”.

Para a convicção do Tribunal contribuiu o depoimento do neto da vítima e sobrinho do homicida, que denunciou o caso às autoridades cerca de seis meses depois, levando à exumação do corpo da idosa e à descoberta do crime. O homem, que partilhava a casa com o arguido e a vítima, disse ao Tribunal que não denunciou o crime quando este aconteceu “por medo”, só o tendo feito quando incentivado por uma amiga.

“Não ficou qualquer dúvida que tinha sido o senhor a praticar os factos”, referiu o juiz.

António Moura foi assim condenado por um crime de violência doméstica agravada e por um crime de homicídio qualificado a uma pena de prisão de 22 anos. Foi também declarada a sua indignidade sucessória, perdendo assim direito à herança da progenitora.

Laura da Silva
A vítima Laura da Silva

Subscreva a newsletter do Imediato

Assine nossa newsletter por e-mail e obtenha de forma regular a informação atualizada.


Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *